sábado, 22 de setembro de 2012

LUCHA RUPERTO

Vídeo

«Ruperto vivía en su campo
Su mujer y tres muchachos
La hierba su medicina
Y el brujo antonio su médico

Y un día miró a caracas
En la pulpería del pueblo
En un almanaque de esos
De la creole petroleum corporation

Quiso venir a caracas
Vino a caracas ruperto
Lo ayudó el capitalismo
Lo ayudó a construir su rancho
Con latas vacías de pepsi-cola
Con latas vacías de mobil esso
Y le puso como techo
Un afiche de la ford company
"es fácil tener un mustang"

Se le enfermó su muchacho
El más pequeño de ellos
Y el más grande de sus sueños
Bajó a la ciudad ruperto
A buscarle algún remedio
Y se le murió en la cola
Se le murieron sus sueños

No tenía pa' enterrarlo
El desempleado ruperto

Y buscó robar ruperto
Pa' llevarlo al cementerio
Apresaron a ruperto
La policía siempre es eficiente
Cuando se trata de los pobres

Vinieron los curiosos
Y gritó uno de ellos
"policía deje ese hombre"
No lo ves que está llorando
No lo ves que quiere irse
Con su muchachito muerto
Mo lo ves que quiere irse
Corriendo tras de sus sueños

Hace tiempo no lo veo
Pero mi pana me dijo
Que lo vio buscando tablas
No pa' enterrar a un pequeños
Sino pa' enterrar un viejo
Pa' enterrar al capitalismo
El causante de los males
Que está sufriendo mi pueblo
Pa' llevarlo al cementerio
Que construyen los obreros

Echale bolas ruperto
Guillo ruperto
Que la lucha te liberará

Mucho guillo ruperto
Lucha ruperto
Con la lucha, la lucha no más

Mucho guillo ruperto
Lucha ruperto
Con la lucha, la lucha no más

Echale bolas ruperto
Lucha ruperto
Que la lucha te liberará

Por tu madre ruperto
Lucha ruperto
Con la lucha, la lucha no más

Mucho guillo ruperto
Lucha ruperto
Que la lucha te liberará»

sábado, 15 de setembro de 2012

15 DE SETEMBRO

«Hoje foi magnífica, espectacular e impressionante um protesto veemente e indignado» Frase vinda daqui.

MASSACRES

«There is no flag large enough to cover the shame of killing innocent people» Howard Zinn.

Jorge Cadima: Massacres

O presidente do país reúne "todas as terças-feiras com cerca de duas dúzias de oficiais da segurança" para analisar a lista de alvos "a serem mortos ou capturados, sendo que a opção da captura se tornou em grande medida meramente teórica". Por Jorge Cadima* "Todas as semanas se juntam mais de cem membros do enorme aparelho de segurança nacional [...] para analisar as biografias dos suspeitos e recomendar ao presidente quem deverá ser o próximo a morrer". "Surge uma suspeita": que o presidente "esteja a evitar as complicações associadas com a detenção, decidindo na prática que não se apanham prisioneiros vivos. Enquanto largas dezenas de suspeitos já foram mortos [...] apenas um foi capturado". O presidente, "que se sente muito tranquilo com o uso da força", decidiu "adotar um método questionável de contabilizar as baixas civis [...]. Na prática, todos os homens em idade militar nas zonas de ataque são contabilizados como combatentes [...] a não ser que postumamente surjam informações explícitas que provem ser inocentes". Logo no "primeiro ataque sob a alçada" do presidente, "foi morto não apenas o alvo visado, mas duas famílias vizinhas, e foi deixado para trás um rasto de bombas de fragmentação que viriam a matar mais inocentes". Este "ataque pouco asseado" levou a que "vídeos de destroços de corpos de crianças e de aldeões enfurecidos surgissem [...] no Youtube, provocando reacções furiosas". Um leitor vítima da martelante campanha de desinformação dos meios de comunicação social pensará que estas citações dizem respeito à Síria e ao presidente Assad. Mas dizem respeito aos EUA. O presidente é a coqueluche dos sectores "liberais" e "social-democratas" do sistema, Barack Obama. A fonte é insuspeita e recente: um artigo do New York Times de 29 de maio. É prática sistemática dos EUA assassinarem "alvos" a partir de aviões não tripulados (drones), no Afeganistão, Paquistão, Iêmen e Somália. Segundo o britânico Bureau of Investigative Journalism, entre 2004 e 2012 os EUA efetuaram, apenas no Paquistão, 327 deste tipo de ataques covardes, em que terão morrido umas 3000 pessoas, sendo 175 crianças e entre 480 a 830 civis. Apesar dos protestos das populações e dos próprios governos, a "comunidade internacional" não condena. A comunicação social de regime – sempre pronta a chorar civis « "mortos pelos governos" como pretexto para guerras de agressão – mantém-se silenciosa quando o governo em causa é uma potência imperialista e a guerra de agressão já está em curso. O recente massacre na aldeia síria de Houla foi macabro: mais de 100 mortos, na maioria mulheres e crianças degoladas ou mortas à queima-roupa. É o estilo dos bandos armados apoiados pelo "Grupo dos Amigos da Síria", ao qual pertencem grandes potências imperialistas, ditaduras fundamentalistas (como a Arábia Saudita e Qatar) e Paulo Portas. Relata a Al Jazeera (2/4/12) que esses "Amigos" criaram um fundo de "muitos milhões de dólares para financiar os membros da oposição armada, conhecidos por Exército Sírio Livreh", incluindo o pagamento dos seus salários (!). Já em Novembro passado o Daily Telegraph (25/11/11) informava que armas e combatentes líbios estavam a ser enviados para a Síria. "Há uma intervenção militar em curso. Dentro de poucas semanas vê-la-ão" afirmava uma "fonte líbia". Até Ban Ki-Moon foi obrigado a declarar (BBC, 18/5/12) que "acredito que a Al-Qaeda esteja por detrás" dos atentados bombistas que sacudiram as maiores cidades sírias nas últimas semanas. Mas apenas depois de "a Síria ter enviado às Nações Unidas uma lista com 26 nomes de estrangeiros presos, alegando que a maioria serão membros da Al-Qaeda". A versão oficial é que os EUA invadiram o Afeganistão para combater a Al-Qaeda. Pelos vistos a Al-Qaeda combate na Síria para que os EUA possam invadir. Confuso? Nem por isso. Desengane-se quem pensa tratar-se dum problema de "ditadores" ou "direitos humanitários". Os factos são claros: tal como na corrida para a agressão à Iugoslávia, bandos armados ao serviço do imperialismo cometem massacres, que depois são invocados como pretextos para agressões militares. Um imperialismo decadente e em profunda crise está a abrir uma Caixa de Pandora no Médio Oriente. * Jorge Cadima é articulista do Jornal Avante!»

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O RESULTADO

«Execução orçamental
 
Desvio nas receitas fiscais inviabiliza meta do défice deste ano

De acordo com os dados da execução orçamental divulgados esta quinta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), o défice do Estado caiu quase 40% até Julho, situando-se nos 3,9 mil milhões de euros. As receitas fiscais continuam a recuar mais do que o previsto no Orçamento do Estado Rectificativo (OER) e o excedente da Segurança Social está em níveis mínimos, confirmando aqueles que eram principais riscos à execução orçamental. Do lado da despesa, as notícias são positivas, com uma redução acima do previsto nos gastos com pessoal e nos juros. Mas tal não será suficiente para cobrir o desvio.

Os dados da DGO mostram que, até Julho, as receitas fiscais estão a cair 3,5%. Apesar de ter havido alguma recuperação nos últimos dois meses, esta evolução está claramente distante das previsões do Executivo: o OER prevê um aumento de 2,6% nas receitas de impostos para o conjunto do ano.

A contribuir para esta tendência estão, sobretudo, os impostos indirectos, nomeadamente o IVA. Apesar da subida do imposto no gás e na electricidade e da reestruturação das taxas do imposto, as receitas provenientes do IVA estão a cair 1,1%, enquanto o OER prevê um aumento de 11,6%.

Fonte oficial do Ministério das Finanças admite que o Executivo irá chegar ao final do ano com um desvio nas receitas fiscais, mas prefere não avançar com valores, dizendo que tal estará em discussão na quinta avaliação da troika, que arranca na próxima semana. No entanto, as Finanças consideram “exagerado” o número apresentado hoje pelo Diário Económico. Segundo o jornal, o Governo está já a trabalhar com um cenário de derrapagem de três mil milhões de euros nas receitas de impostos.

“Não recuperaremos a totalidade do desvio da receita”, reconhece fonte oficial das Finanças. “Alguma parte poderá ser compensada pelo lado da despesa, mas não recuperaremos tudo”, conclui.

Isso significa que, ou a troika “perdoa” um défice maior este ano, ou o Governo terá de tomar medidas adicionais para cumprir com a meta de 4,5% do PIB. As Finanças recordam que já estão a implementar algumas medidas de contenção das despesas, com destaque para a reprogramação das verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), mas destacam que a equipa de ajuda externa já mostrou abertura para aceitar um desvio nas metas, caso este se deva a uma deterioração das condições económicas.


A expectativa do Governo é que essa abertura se concretize no âmbito da nova avaliação da troika.

Despesa compensa parte do desvio

As boas notícias vêm do lado da despesa. Até Julho, os gastos totais da Administração Central e da Segurança Social estão a cair 1,7%, sobretudo graças a uma diminuição acima do previsto das despesas com pessoal (-16%).

A contribuir para isso estão não só os cortes dos subsídios de férias dos funcionários públicos e pensionistas (falta ainda o impacto da eliminação dos subsídios de Natal), mas também uma redução acima do esperado do número de funcionários públicos.

Além disso, as Finanças apontam agora para uma “clara folga” nas despesas com juros. Estas estão a subir 17,3%, enquanto no OER se prevê um aumento de mais do dobro (39,6%) para o conjunto do ano.

O Executivo está a contar que esta poupança acima do previsto com as despesas de pessoal e de juros, bem como a reprogramação do QREN, permita compensar parte do desvio nas receitas fiscais.

Os dados da DGO mostram que o saldo da Administração Central e da Segurança Social relevante para efeitos do programa de ajustamento situou-se em 5,6 mil milhões de euros. Além da queda das receitas fiscais, há outro sinal de alarme: as contas da Segurança Social.

A intensificação da recessão e o aumento do desemprego para níveis recorde diminuíram as receitas de contribuições e quotizações em 4,4% até Julho e estão também a fazer aumentar as despesas, nomeadamente com subsídios de desemprego (22,6%).

Nos primeiros sete meses do ano, o saldo da Segurança Social caiu para metade, apresentando um excedente de apenas 139,6 milhões de euros.»
Fonte: Público.