segunda-feira, 18 de junho de 2012

EURO 2012

Nunca foi tão pouco o meu entusiasmo pela seleção portuguesa de futebol, embora seja obrigado a reconhecer que ontem foi muito competente, perante uma das "Holandas" mais incompetentes dos últimos 20 anos. Contudo os laços afetivos não se rompem.
No entanto, apesar de ontem o povo grego ter contrariado esta citação, «Prefiro os perigos da liberdade ao sossego da servidão», a seguir à portuguesa a seleção grega é a minha favorita. Faço votos para que ambas se encontrem na final.

ELEIÇÕES GREGAS

Ontem a maioria da população grega, contrariou esta citação: «Prefiro os perigos da liberdade ao sossego da servidão».

PERIGOS E SOSSEGO

Ontem li, «Prefiro os perigos da liberdade ao sossego da servidão».

14-06-2012 EROSÃO COSTEIRA

«“Para proteger as construções, estamos a alterar a costa”
A proteçao da costa está nas mãos de todos, avisam Sisandra Sousa e Carlos Ramos
Os maiores estragos registaram-se no primeiro trimestre de 2010. A Praia do Furadouro entrava no alinhamento principal dos noticiários devido ao avanço do mar sobre a costa. As correntes marítimas danificaram a marginal, os miradouros e mesmo as redes de água, luz e gás.
Hoje, os danos estão corrigidos e o mar está mais calmo mas a erosão costeira não acabou. Para a professora Sisandra Sousa, a erosão “é um fenómeno natural que o homem não tem capacidade de travar”. Veja-se que, no século XII, a linha da costa estava a sete quilómetros daquilo que chamamos hoje marginal e, nos anos 90, a Praia do Furadouro tinha 70 metros de profundidade. Contudo, em vez de “diminuir os efeitos” deste processo, “o homem tem vindo a antecipá-lo e a acelerá-lo”, acusa a docente de Biologia e Geologia, que, além de colaborar com a associação ambientalista local “Amigos do Cáster”, fez um mestrado sobre “Ciências das Zonas Costeiras” e reside na Praia do Furadouro.
Para proteger as edificações – que, por si só, “retiram sedimento, que é a principal fonte de abastecimento das areias das praias” -, as autoridades construíram esporões que retêm a areia a norte, impedindo que esta chegue ao sul da praia, o que encurta significativamente o areal nesta zona. Mas os problemas de erosão no Furadouro começaram há mais tempo, com a construção do campo de esporões em Espinho e, antes disso, com a edificação do Porto de Leixões. Como o movimento migratório das areias dá-se de norte para sul, qualquer obstáculo no caminho até Ovar acaba por afetar as suas praias. “Para proteger as construções, estamos a alterar a costa e a provocar uma erosão muito grande a sul”, avisa Sisandra Sousa.
Carlos Ramos, outro colaborador da “Amigos do Cáster”, teme que as praias de Ovar e Esmoriz se transformem em cabos. “Há um conflito de interesses grande: preserva-se a propriedade pública e privada mas, ao mesmo tempo, contribui-se para a erosão dos ecossistemas na praia”.
Tanto Carlos Ramos como Sisandra Sousa aguardam com expetativa o anunciado estudo integrado da costa portuguesa, em oposição a soluções pontuais de defesa de uma faixa restrita, que é o que tem acontecido até agora. “Não podemos proteger uma determinada área sem pensar nas consequências a sul e no que vem de norte”, avisa a professora. Sendo que, insiste, “não há soluções milagrosas” e “o recuo da linha de costa vai continuar a ocorrer naturalmente”. Carlos Ramos espera para ver. Avisa que o governo ainda está a tentar captar fundos para a elaboração do estudo e questiona a exequibilidade de um plano “complexo” numa altura de pouco dinheiro.
Desde 2010, a associação Amigos do Cáster tem realizado diversas ações de sensibilização para o problema da erosão costeira. Muitas delas estão disponíveis em vídeo no canal da associação no You Tube. De acordo com Carlos Ramos, a associação tem tentado promover uma relação próxima com as autoridades mas mantendo sempre uma postura crítica. A experiência diz-lhe, por exemplo, que há grandes dificuldades de coordenação entre os diversos institutos sob a alçada do ministério do Ambiente, o que dificulta a realização de atividades no terreno.
Os dois colaboradores apelam aos banhistas que colaborem na proteção das praias, nomeadamente não deitando lixo para o areal, não pisando as dunas e não utilizando veículos motorizados.»
Anabela S. Carvalho - Ligação para o artigo.
Jornal LABOR